As asas faziam parte dela. Viver como lagarta passou a ser impossível, porque ela havia se transformado.

Mundos internos fragmentados, eu em fragmentos. Há partes de mim em vidas diferentes, caminhando por estradas que desconheço.

Caminhei sobre a Terra e, na estrada, quase tudo eram tolices da ignorância. Havia uma beleza indescritível, que me deixava perplexa.

Esses companheiros interagem conosco, como tudo que existe no mundo, refletindo neles o que há em nós, para o bem e para o mal.

Fecho os olhos e vejo seus pés no Caminho, pisando solos distantes...Em suas pegadas, desabrocham flores multicoloridas, perfumadas de Deus!

Li em algum lugar que nosso lar é também uma entidade psíquica e que, por isso, sempre deve ter um nome, daí a batizamos de “Casa Aroreira”.

Jack me salvou, em vários sentidos e dimensões. Por uma década, foi abrindo espaço com seu focinho longo e enchendo nossas vidas de luz.

Melhor deixar fluir e lembrar que não temos controle sobre quase nada, muito menos sobre esses que surgem voando sobre o nosso mundo...

Dor no corpo, dor na alma. Mente turva, cérebro confuso, nada funciona. É preciso procurar portas para distrair o sofrimento...

É preciso ter coragem para reconhecer limites, riscos, consequências, e não avançar quando TUDO diz que é pra parar! E por que continuamos?

O tempo não é linear e certamente é relativo. Não perdi você há um ano, estou perdendo agora, por o todo tempo que cabe no momento presente.