O que a Vida Tem de Melhor?
- Cláudia Goulart Alves de Mello
- 2 de jan.
- 3 min de leitura
Varrer a casa é um bom momento para mim. Coisa de bruxa, eu acho... (risos). Vou varrendo, limpando, banindo e organizando. É uma excelente oportunidade para arrumação interna. Conversando, pensando, entendendo.
Hoje, estávamos refletindo (eu e a vassoura) sobre o que há de bom na vida... e há tanto! Nós sempre dizemos que isso ou aquilo é o melhor, mas acho que a melhor coisa do mundo é encontrar o equilíbrio perdido, voltar ao ponto perfeito. Isso é forte e poderoso. É tão importante, que temos até um mecanismo automático que nos regula neste sentido, a homeostase.
O que é o melhor da vida?
Quando estamos com sede, a melhor coisa do mundo é beber água! Ou comer, quando temos fome; nos aquecer, quando sentimos frio... Voltar ao ponto zero.
Esse equilíbrio é uma manifestação divina da perfeição. Nós buscamos por esse prazer, a vida inteira, o tempo todo (na maior parte das vezes em locais e momentos errados). Satisfazer uma necessidade é perfeito, não há prazer igual.
O que há de melhor é pleno, profundo e fugaz, acontece naquele instante único, que só existe no agora (e que jamais permanece, instantaneamente passa).
O melhor da vida está numa sucessão desses momentos rápidos e intensos – que são mágicos (se reconhecidos), quando não estamos no “automático” nem distraídos, inconscientes ou com pressa.
O melhor da vida é a união entre o retorno ao equilíbrio e a consciência disso (neste ponto), onde nos sentimos preenchidos, satisfeitos, sem desejos (despertos) e nada é esforço.
A melhor coisa do mundo é (mesmo) beber água, quando se está com sede! Dormir, quando estamos caindo de sono... E também rir, dançar, ouvir aquelas músicas maravilhosas, que não tocavam há tanto tempo…
A melhor coisa da vida é SER, estar na leveza da infância, se surpreender, aprender algo novo, descobrir uma coisa fantástica! Sentir o divino, elevar-se, compreender. Viver surpresas (se deleitar com o inesperado), sentir o amor nos invadir e nos tornar plenos de verdade (sem medo algum). Tudo isso é O NECESSÁRIO que está em nós.
Quando estamos no amor, exercendo esse sentimento avassalador (seja qual for seu objeto – outra pessoa, filhos, animais, natureza, Deus), duas coisas são inevitáveis: a ausência de medo e a verdade.
Amor, verdade e medo existem numa dinâmica inter-relacionada. Quanto mais amor, menos medo e mais verdade. Quanto mais verdade, mais amor, menos medo. Quanto mais medo, menos amor e menos verdade. Curioso, não é?
O prazer real, que nos preenche, está também em discernir entre o que é verdade e o que não é. Está em respirar fundo, relaxar e não pensar obsessivamente nas coisas.
Resolver um problema, construir soluções, criar, inventar, fazer arte, se expressar. Ser ouvido, visto e reconhecido (sem estar buscando por isso). Amar e ser amado. Tudo o que é autêntico e espontâneo!
Estar conectado ao outro, fazer parte do todo. Pertencer. Ter abrigo e proteção. Estar na luz.
As melhores coisas do mundo são acolher, ajudar, doar-se, compreender, agir com consciência, ter calma, mudar de ideia, enxergar que errou e recuar, desculpar-se. Perdoar. Desculpar a si mesmo. Liberar o outro (e a si mesmo). Não oprimir e não se deixar oprimir... É uma lista enorme. Há muita coisa boa na vida!
Tomar um banho demorado, cuidar-se. Ter tempo, não resistir, aceitar. Gente, e fazer xixi, quando se está apertado??? É muiiitooo bom!!! (risos).
Responder ao que é necessário, perceber o que é necessário: os maiores prazeres são esses, e estão nas pequenas coisas (apesar de, muitas vezes, só notarmos quando somos privados delas).
A melhor coisa da vida é viver, enfrentar o que se apresenta - não fugir, superar. Estar consciente e avançar. Fazer (sempre e apenas) o que for necessário!
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